Mercado imobiliário mantém trajetória de alta: venda sobe 7,31% em 12 meses em julho

Mercado Imobiliário em Alta: Vendas Animadoras em Julho

Nos últimos 12 meses, o preço médio de venda no mercado imobiliário brasileiro apresentou uma expressiva valorização de 7,31 %, consolidando uma tendência de expansão contínua no setor.

Preço por Metro Quadrado: Onde Está Mais Caro — e Mais Acessível?

Em julho, o valor nacional médio atingiu R$ 9.375 por metro quadrado. Entre as capitais, Vitória lidera a lista das localidades mais valorizadas, com R$ 14.031/m², seguida por Florianópolis (R$ 12.420/m²) e São Paulo (R$ 11.671/m²).

No outro extremo do ranking, estão Aracaju (R$ 5.179/m²), Teresina (R$ 5.664/m²) e Natal (R$ 5.944/m²), que possuem os menores preços registrados no país.

Aluguéis Seguem em Alta, mas com Rítmo mais Contido

Os preços de aluguel residencial continuam crescendo, ainda que com sinais nítidos de desaceleração. Em junho, o aumento foi de 0,51 %, menor do que nos meses anteriores, apesar de acumular 5,66 % no primeiro semestre, índice bem acima da inflação registrada no período, medida pelo IPCA (2,99 %).

O valor médio nacional de aluguel chegou a R$ 49,23/m², com destaque para unidades de um dormitório, que alcançaram R$ 66,48/m². São Paulo segue na liderança dos aluguéis, com R$ 61,32/m², enquanto Belém e Recife também se destacam entre as capitais mais caras nesse segmento.

Contexto e Implicações

1. Crescimento consistente
   A alta de 7,31 % na venda reflete um mercado imobiliário resiliente, mesmo diante de cenários econômicos complexos, como o encarecimento do crédito.

2. Desigualdade regional nos preços
   Capitais como Vitória, Florianópolis e São Paulo mostram forte valorização, enquanto cidades como Aracaju, Teresina e Natal permanecem com preços acessíveis — um reflexo das diferentes dinâmicas urbanas e de infraestrutura.

3. Tensão entre compra e aluguel
   O aluguel em franco crescimento — mesmo que em desaceleração — impõe desafios ao consumidor. A diferença entre os ritmos de alta em venda e locação indica uma preferência crescente pela compra.

4. Perspectivas para investidores e compradores
   A valorização nas vendas pode motivar proprietários a investirem em revenda, enquanto a desaceleração dos aluguéis sugere que locatários talvez tenham um leve alívio no ritmo de reajustes.

Conclusão

Em julho de 2025, o mercado imobiliário brasileiro demonstrou força: o preço médio de venda subiu 7,31 % nos últimos 12 meses, consolidando uma trajetória de alta. Os aluguéis continuam a crescer de forma mais modesta, tendo acumulado 5,66 % no primeiro semestre e mantendo-se acima da inflação.

No enfrentamento desse cenário, uma análise cuidadosa de localização, perfil do imóvel e finalidade (venda ou locação) é essencial para quem deseja investir, comprar ou alugar nos próximos meses.